PESCADORES PEGAM PIRARUCU NO IGARAPÉ ARVOREDO (POVOADO CASSIMIRO) EM BOM JARDIM-MA.
Se
alguém contar é até difícil de acreditar, mas dessa vez a história de pescador
é verdadeira, isso mesmo, por incrível que pareça um Pirarucu foi pego nas
águas do igarapé do Arvoredo, nas proximidades do Povoado Cassimiro, município
de Bom Jardim - MA.
O
fato aconteceu no domingo, dia 10 de dezembro quando um grupo de amigos saíram para
uma pescaria e por volta das 13:00 horas chegaram com o enorme peixe que logo
chamou a atenção de dezenas de curiosos, todos querendo saber como o bicho
tinha sido pego. O peixão pesou 43 kg e fez a alegria dos pescadores que
dividiram a fartura entre todos.
O
pirarucu (nome científico: Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de águas
doces fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros e seu peso pode
ir até 200 kg.[1] É um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica,
mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas.
Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com
temperaturas que variam de 24 a 37 °C, não sendo encontrado em zona de fortes
correntezas e águas ricas em sedimentos.
É
conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome se originou de dois
termos tupis: pirá, "peixe" e urucum, "vermelho", devido à
cor de sua cauda.
Esta
espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas:
De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e
escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg,
possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e
a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no
exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca,
ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam
seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole
por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as
primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os
mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.

Apesar
de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o
tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos,
após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou
arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica
de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes
são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de
imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como "bodecos" onde seu
peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia a captura destes por predadores
naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da
espécie seja diminuído.

O
Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de
reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas.
O
pirarucu é servido como componente principal em diversos pratos típicos do
Amazonas, um desses pratos é o "Piracucu à casaca" que é bastante
servido em festejos juninos[2]. Sua carne é bastante apreciada no estado, onde
é bastante requisitada. Além disso, partes de seu corpo, como sua escama, eram
utilizadas no passado como lixas para unhas e outras utilidades.
Segundo
a mitologia indígena difundida na Amazônia, Pirarucu teria se originado do
disformismo de um índio que pertencia a tribo dos uaiás (não sendo um
consenso), que habitara as planícies da Amazônia. Ele seria um bravo guerreiro,
que tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom
coração e também chefe da tribo.

O
índio era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder.
Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu
se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los
sem nenhum motivo. Pirarucu também adorava insultar os deuses.
Tupã,
o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado
daquele comportamento decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que
ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou
Iururaruaçu, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes
torrentes de chuva sobre Pirarucu, que estava pescando com outros índios as
margens do rio Tocantins (sem consenso), não muito longe da aldeia.
O
fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas
furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com
uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Chandoré, para atirar
relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou
escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago
fulminante enviado por Chandoré, acertou o coração do guerreiro que mesmo assim
ainda se recusou a pedir perdão.
Todos
aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente
assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as
profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe.
Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo
foi o terror da região. Fonte https://pt.wikipedia.org

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